quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A "CARIDADE" É O DOM SUPREMO

O AMOR É O DOM SUPREMO
Por Mizael Nascimento


Texto.
(I Coríntios 13.1-13)


“Ainda que eu falasse as línguas dos
homens e dos anjos e não tivesse caridade,
seria como o metal que soa ou como o sino
que tine”.


INTRODUÇÃO

Corinto, uma cidade antiga da Grécia, era, em muitos aspectos, a
metrópole grega de maior destaque no império nos tempos de Paulo. Assim como
muitas das cidades prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente
arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas
as suas formas, corria a galope nessa cidade de má fama. Juntamente com
Priscila e Áquila (16.19) e com sua própria equipe apostólica (At 18.5), Paulo
decidiu fundar uma igreja em Corinto, em apenas dezoito meses ali naquela
cidade, a igreja estava estabelecida, e como toda igreja que cresce, surgem os
problemas de vários aspectos, Paulo começa a tratar de questões doutrinárias no
que se refere aos dons Espirituais e ao amor (caridade).
O foco principal de todo o capítulo Treze de I coríntios é o amor. O capítulo
da caridade está dividido em três pontos:

(1) A futilidade dos dons sem o fruto do Espírito, o amor (caridade)
(2) A natureza do amor (caridade).
(3) O caráter eterno do amor (caridade) em contraste com a temporalidade
dos dons.


O Primeiro Ponto:
A futilidade dos dons sem o fruto do Espírito: o amor.

I Coríntios 13.1 —“Línguas dos homens e dos anjos”. O dom miraculoso
de falar em línguas (glossolalia) incluía línguas dos homens, óbvias segundo as
palavras aqui (línguas dos homens) e também em outras passagens
(At 2.4,6,
8,11; 10.46)
.
Contudo, as línguas na igreja de Corinto eram línguas angelicais ou
provenientes de Deus, incompreensíveis pelos homens. Quem falava em línguas
poderia ter pensado assim, mas Paulo, talvez, tenha usado uma
hipérbole:“Ainda que eu falasse em alguma língua celestial”. De qualquer modo, sem amor
(caridade) esse dom não teria valor.

O metal que soa ou... O sino que tine eram instrumentos normalmente
usados da adoração pagã. O exercício dos dons da graça, sem o amor (caridade)
cristão, seria pouco diferente das atividades de várias religiões pagãs.


I Coríntios 13.2 —“O dom de profecias”... todos os mistérios e toda a
ciência...toda a fé”. Os três aparecem na lista do capítulo 12. Usados sem amor
(caridade) esses dons não têm valor.
Há pessoas envolvidas nas práticas religiosas sem qualquer aprovação de
Deus. É até possível que se diga ser cristão.
Por exemplo, pessoas, que falam em línguas, profetizam, têm
conhecimento ou realizam grandes obras da fé, sem, contudo terem amor, nem a
justiça de cristo. Esses “nada” são aos olhos de Deus. Diante de Deus, a sua
espiritualidade e profissão de fé são vãs (v.1); esses não têm lugar no Reino de
Deus
(cf. 6.9,10). Não somente lhes falta a plenitude do Espírito como também
não têm a sua presença habitando neles. As manifestações espirituais que
ocorrem neles não provêm de Deus, mas de outro espírito
(ler At 8.21nota; Jo
4.1
). O essencial na autêntica fé cristã é o amor segundo uma ética que não
prejudique o próximo e que persevere na lealdade a Cristo e à sua palavra (ver
também v.13).


I Coríntios 13.3 —“
Distribuísse toda a minha fortuna”. As pessoas podem
fazer obras de caridades sem a motivação correta (I Co 4.5). “O meu corpo para
ser queimado”. Com esta imagem, Paulo usou uma
hipérbole para mostrar que
os dons não têm valor sem amor (caridade), os dons são madeira, feno, palha
(I
Co 3.12-15)
perante o tribunal de Cristo.

O Segundo Ponto:
A natureza do amor (caridade).

I Coríntios 13.4-7 
Agora Paulo deixa de lado a superioridade do fruto do
Espírito, o amor (caridade), e avança para a característica importante do amor
(caridade). O amor é sofredor,o amor tolera as pessoas de quem é fácil desistir. É
benigno, ou seja, trata bem as pessoas que nos tratam mal. O amor não é
invejoso, não trata com leviandade, nem se ensoberbece.
Promover-se a si mesmo foi uma praga que contaminou a igreja de Corinto
e é um grande desafio para os dias de hoje.
Portar-se com indecência significa agir de um modo injusto ou impróprio,
como discutiu Paulo em (
I coríntios 7.36)

O amor não buscar os seus interesses
Uma pessoa que ama (faz caridade) se dispõe a pôr de lado seus próprios
planos ou direitos pelo bem do outro. Quem ama não se irrita por qualquer motivo,
não é uma pessoa excessivamente melindrosa com os outros; não se irar
facilmente.


O amor não se alegra com a injustiçaO amor se alegra com a verdade. O amor não tem prazer no ma. Quem
ama não se alegra diante da queda de um irmão ou de uma irmã, pelo contrário, o
amor tem prazer em tudo o que expressa o evangelho, tanto em palavras, como
em obras.
O amor tudo sofre, todo crê, tudo espera, tudo suporta e apóia. O amor é o
fundamento de todos os atos que agradam a Deus. O amor crêem que todas as
palavras. Nesse amor, as pessoas nunca desistem e nunca perdem a esperança.
O amor suporta dificuldades ou rejeições, revelando sua força superior.
Diante da confrontação, o amor simplesmente persiste. Amar é o grande
mandamento ordenado por Jesus (
João 13.34,35) e nenhuma outra força
promove mais justiça.


O Terceiro Ponto: O caráter eterno do amor (caridade) em contraste com a temporalidade dos dons.

I Coríntios 13. 8-10 Este terceiro ponto do capítulo treze passa da
natureza do amor para seu caráter permanente.
O amor nunca falha.A consistente afirmação contrasta com os dons da graça, que, na melhor
das hipóteses, são transitórios. Um dia todos os dons não serão mais
necessários, mas o amor continuará para sempre.
Profecias, línguas, ciências. Paulo concentra-se em três dos 16 dons para
mostrar que todos eles são temporários.
As Profecias serão interrompidas. Línguas cessarão... A Ciência
desaparecerá. Profecias e ciências (que estão entre os 12 dons do Corpo para a
edificação) existem em parte (do grego ek merous). Eles, com todos os dons do
capítulo 12, sevem ao Corpo de Cristo, mas somente por hora.
Conhecemos em parte, profetizamos em parte.Esses dons considerados em parte, continuarão até quando vier o perfeito (do grego teleios, completo) (v.10).

“Quando vier o que é perfeito”, ou seja, o fim da presente era, quando,
então, o conhecimento e o caráter do verdadeiro cristão se tornarão perfeitos na
eternidade, depois da segunda vinda de Cristo
(v.12; 1.7). Até chegar esse
tempo, precisamos do Espírito e de seus dons na igreja. Não há nenhuma
evidência aqui, nem em qualquer outro trecho das Escrituras, de que a
manifestação do Espírito Santo através de seus dons cessaria no fim da era
apostólica.

I Coríntios 13.13 — O maior... É o amor.

Este capitulo deixa claro um caráter semelhante ao de Cristo, Deus o
enaltece acima do ministério, da fé ou da posse dos dons.
(1) Deus valoriza e destaca o caráter que age com amor, paciência (v.4),
benignidade (v.4), altruísmo (v.5), aversão ao mal e amor a verdade (v.6),
honestidade (v.6), e perseverança na retidão (v.7), muito mais do que a fé que
remove montanhas ou realiza grandes feitos na igreja (vv.1, 2, 8,13).
(2) Os maiores no reino de Deus serão aqueles que aqui se distinguem em
piedade interior e no amor a Deus, e não aqueles que se notabilizam pelas
realizações exteriores cf. Lucas 22.24-30. O amor de Deus derramado dentro do
coração de verdadeiro cristão pelo Espírito Santo é sempre maior do que a fé, a
esperança, ou qualquer outra coisa (Romanos 5.5)

Orem por mim.

Em Cristo, irmão Mizael.
E-mail-nascimento@ig.com.br
11-74844970

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